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Momentos
da liturgia |
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"A liturgia, como
exercício da função sacerdotal de Cristo, comporta
um duplo movimento: de Deus aos homens, para operar a sua santificação,
e dos homens a Deus, para que eles possam adorá-lo em espírito
e verdade." |
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Por isso a liturgia, de um
modo geral, pode ser entendida como um diálogo entre o Deus-Trindade
e o Homem-Comunidade. Este diálogo é composto
de vários momentos. Cada momento tem o seu "espírito"
próprio, seu sentimento peculiar, e portanto uma expressão diferenciada.
Ninguém pede perdão de forma triunfal, nem dá
um Viva tímido. Cada momento da liturgia exige um
tipo de expressão musical. Sem conhecer
o espírito de cada momento do
diálogo litúrgico, corremos o risco de dar um Viva tão
tímido que ninguém se sinta estimulado a responder. |
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Para melhor conhecer as diversas
expressões e celebrações litúrgicas deveremos estudá-las com atenção
e objetividade. Neste espaço estudaremos aquela que é o
ápice da vida cristã: a Celebração Eucarística. |
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Cada Música da Celebração
Eucarística tem seu papel e Inspiração própria
de cada momento litúrgico dentro da celebração. Estes momentos são os
seguintes:
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1. Ritos
iniciais |
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Preparação
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É um momento que foi esquecido
durante algum tempo e agora está voltando ao uso. Enquanto
alguns "acolhem" os irmãos que estão chegando para a
festa da Eucaristia, o ministro de música
pode preencher o ambiente com um
solo instrumental. Alguns neste momento costumam ensaiar
as canções que farão parte da celebração. Pode-se
também colocar um disco de meditação, ou
das músicas que se irá ensaiar. O importante é criar um
ambiente de vida, pois é Cristo, Verdade e Vida,
que iremos celebrar. |
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Entrada |
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Toda a assembléia, unida em
uma só voz, canta a alegria festiva
de reunir-se como irmãos em torno do Cristo. Esta
canção deve deixar claro para toda
a assembléia, que festa, ou mistério do Tempo Litúrgico
(A segunda "perna" do tripé litúrgico")
iremos celebrar. Todo o povo deverá ser envolvido
na execução desta canção. |
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A primeira impressão sempre
marca todo o relacionamento. Assim também
o canto inicial marcará toda a celebração. |
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Os instrumentos terão a função
de unir, incentivar e apoiar o canto. Não deverão cobrir
as vozes dificultando a compreensão do texto. Ninguém participa
de uma celebração para ser admirado, ou
para aumentar seu ibope na comunidade.
"Tocar na Missa" é um serviço e uma oração. Todo este canto
como a procissão do sacerdote não deverão ser demasiado longas.
O canto deve terminar quando o sacerdote chega ao altar. |
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Ato Penitencial |
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Neste canto aclamamos a Cristo
como "Nosso Senhor" e lhe pedimos
perdão. É um canto de repouso. Sua melodia deve traduzir
a contrição de quem pede perdão. Todo o povo
deve participar deste canto, mas admite-se
um diálogo solista-povo. |
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Não é necessário que este
canto seja muito "Florido". A simplicidade é a melhor
forma de expressar o arrependimento. O instrumentista deve traduzir
este espírito de confiança e invocação acompanhado de
modo suave, quase imperceptível. Para isto pode-se
até excluir a percussão deste momento. |
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Glória |
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Esta é a canção da alegria,
o canto que os anjos e pastores
cantaram para saudar o nascimento do redentor (cf. Lc 2,14). Desde
o século IV que os cristãos cantam. Houve uma época que só os
bispos o podiam cantar. Hoje recomenda-se que toda assembléia cante
o "glória" com ânimo e alegria. Para isso é útil
bater palmas, erguer os braços, repicar os
sinos expressando Glória a Deus nas
Alturas ... Mas é importante não esquecer duas
coisas: Que o canto e suas expressões
devem seguir a realidade da assembléia; que continuamos
com os pés no chão, e que o nascimento de Cristo hoje depende
de nossa boa vontade. |
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Este canto é excluído no advento
e na quaresma, nos outros tempos deve
ser executado e de preferência "Cantado". Não é bom
que seja parte exclusiva do coral. Este poderá
cantá-lo em diálogo com o povo. |
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O glória "não constitui
uma aclamação trinitária", Mas deve ser
antes de tudo uma manifestação da louvor a Deus-Pai e ao
Cordeiro. |
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Os instrumentos têm papel
importantíssimo neste canto. A percussão poderá ser bem explorada. É
claro que a "parte não deverá sobressair
em detrimento do todo", mas neste canto os instrumentos
poderão destacar-se um pouco mais. |
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II - Liturgia
da Palavra |
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Salmo Responsorial |
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Dentro do diálogo litúrgico,
este canto é a resposta da assembléia ao Deus que
falou na primeira leitura. Como diz o próprio nome,
trata-se de um salmo, no entanto admite-se também
um canto de meditação, contanto que seja de origem bíblica e signifique
uma resposta coerente com a proposta divina
expressa na primeira leitura. Este canto não deveria
ser nunca excluído pois é de grande
importância à liturgia da palavra. |
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Pode ser executado
por um solista nas estrofes com
a adesão de toda a assembléia no refrão. O acompanhamento
dos instrumentos deve ser discreto, exceto quando
o salmo for festivo e acompanhado por todo o povo. |
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Aclamação ao Evangelho |
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Geralmente (menos no advento
e na quaresma) a aclamação mais usada
é o Aleluia, seguido de uma pequena estrofe que prepara a leitura
do Evangelho. Não é um canto obrigatório mas sendo executado,
é preciso que seja uma aclamação pessoal e comunitária ao Verbo de
Deus . Ao contrário do Salmo, este
canto permite movimento e participação
vibrante dos instrumentos. Poderá haver solista,
mas o Aleluia deverá ser cantado por toda a assembléia. |
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Depois da Homilia |
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Em missas com crianças, ou
em outras celebrações onde a reflexão silenciosa seja
difícil, pode ser entoado um cântico, no estilo do Salmo
Responsorial, que venha a trazer uma manifestação em sintonia
com o tema do evangelho. |
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Profissão de Fé |
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O Creio é uma resposta
de fé e de compromisso da comunidade e do indivíduo à palavra
de Deus. Nele recordamos toda a história
da salvação. Por isso não convém a utilização
de formas abreviadas que sejam profissão de
fé, mas que não resumam a fé cristã. Quando cantada,
deve contar com a participação de todo
o povo. No entanto pela estrutura rítmica da letra, isso se torna
muito difícil. Uma opção seria cantar um refrão popular, entre
uma recitação e outra do Creio. |
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Oração dos Fiéis |
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Esta oração poderá adquirir
um tom mais solene quando cantada. As invocações devem ser executadas
por um solista, ao que o povo responde cantando. Aqui a
participação dos instrumentistas é suavíssima e até
dispensável, podendo ser usado apenas o teclado com som
de órgão. |
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III - Liturgia
Eucarística |
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Preparação das oferendas |
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Este é um
dos cantos menos importantes da missa.
Neste momento nos preparamos para oferecer ao
Pai, o Cristo "ao qual nos
unimos oferecendo nossas vidas, nosso corpo como culto espiritual
agradável a Deus". Portanto, o grande ofertório
da missa é após a consagração quando já não oferecemos o pão, o
vinho, nossa vida, nosso trabalho,
mas o próprio Cristo e todo o
resto transfigurado "Por Ele, com Ele e n’Ele". |
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Durante o canto de ofertório
normalmente também ocorre a coleta , momento em que colocamos
um pouco do que é nosso em comum. Portanto
o objetivo do canto "de ofertório" é criar
uma atmosfera de alegria, partilha e
generosidade. Pode-se dispensar o canto e os instrumentos fazerem um
solo apropriado para o momento litúrgico. Ou ainda participar
com um canto de oferta que o povo não
conheça, desde que este não venha a distrair a atenção do povo. |
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Oração Eucarística |
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Tanto o diálogo
introdutório, como o prefácio e demais
orações podem ser cantados e dependendo da
sintonia entre músicos e celebrante, podem
ser acompanhadas pelos instrumentos. Desde que o celebrante ache
conveniente e sinta-se apto para isso. |
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Santo |
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É dos canto principais, se
não o principal, da liturgia. Nele toda a assembléia se
une aos anjos e santos para proclamar as maravilhas do Deus Uno
e Trino. É o primeiro canto em ordem de importância.
É o canto dos anjos (Is 6,2s) e também dos homens (Lc 19,38).
Não teria sentido convidar os céus e a terra, os anjos
e os santos para cantar em uma só voz, e depois somente um coral ou
um solista executar o canto. Este é essencialmente um canto
do povo. É indispensável a participação dos
instrumentos para solenizar esta vibrante saudação:
SANTO, SANTO, SANTO! |
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Aclamações em particular |
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Há uma série de aclamações
durante a celebração eucarística que poderia
ser cantadas. A Oração Eucarística V, por exemplo, permite
algumas intervenções da assembléia. O mesmo pode afirmar da Oração
Eucarística para missas com crianças, ou
sobre a Reconciliação. O "Amém"
poderia ser cantado muitas vezes, especialmente depois
da doxologia (Por Cristo, com Cristo e em Cristo ...) que é o grande
amém da missa.. Durante a consagração é
melhor o silêncio, nem mesmo solos devem distrair a
atenção da assembléia naquele momento. Pode-se
cantar sim a aclamação após a consagração (Eis o mistério da fé ...). |
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Pai-nosso |
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O Pai-nosso cantado por toda
a assembléia tem grande força e significado. É um dos grandes pontos
da Missa, exprimindo de modo maravilhoso
a comunhão entre os irmãos. Se não for cantado por todos, é preferível
que seja recitado. Os instrumentos têm papel de sustentação,
evitando distrair a atenção da oração. |
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Abraço da paz |
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É costume cantar uma canção
alegre cuja letra lembre fraternidade e
caridade como fundamento da vida cristã. Deverá ser uma melodia
contagiante. Entretanto não é essencial que a assembléia cante. |
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Cordeiro de Deus |
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Esta prece, de origem Bíblica
(Jo 1,29), faz alusão ao Cordeiro Pascal, que
se imola e tira o pecado do mundo. Pode ser cantado pelo coral
ou solista, mas a assembléia deve participar da última
petição: dai-nos a paz. |
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Comunhão |
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É o canto mais antigo da missa.
Por ele, através da união das vozes, queremos expressar
nossa comum-união espiritual em torno de Jesus
Cristo. Todos ao redor da mesma mesa, congregados numa mesma
igreja, participam do mesmo pão. A função do canto de comunhão
é alinhavar esta união. |
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É comum escutarmos que se
deveria fazer silêncio durante a comunhão para que um pudesse
se entreter num encontro pessoal com
Cristo. Ë certo que a comunhão dos Cristãos
é um ato pessoal, mas deve manifestar-se através de um ato comunitário.
E o canto de comunhão deve propiciar esta
manifestação de comunidade. Por isso todo o povo deve participar
entusiasticamente deste canto. |
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O Silêncio Eucarístico necessário
ao encontro e oração pessoal com Cristo se dá no próximo momento. |
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Ação de Graças |
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Após a comunhão a assembléia,
em silêncio, adora e agradece a presença
do Cristo Eucarístico. Após este breve silêncio pode-se cantar
um salmo ou outro canto de louvor ou de ação de graças.
Este canto não pode e não deve excluir o momento de silêncio
após a comunhão. |
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É preferível que este canto
seja breve e executado por todos. Por isso, também
para os instrumentos, não convém longas introduções e interlúdios. É
preciso que o ministro tenha a devida sensibilidade e discernimento
para saber se este canto é conveniente em tal momento. Evite-se
o canto de ação de graças quando
a celebração já estiver por demais prolongada |
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IV - Ritos
Finais |
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Canto Final |
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Antes da benção entoa-se uma
ou duas estrofes de um canto alegre e que cause a última impressão que
se irá levar da celebração. Pode
ser executado com maestria, porém não deve ser muito prolongado.
Um costume muito comum, é o de se aproveitar este canto
final para fazer uma homenagem a Maria,
mãe de Deus e nossa. |
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Após a benção pode-se
continuar as demais estrofes do canto
final, sem a necessidade da participação do povo. Utilizem-se
todos os recursos disponíveis para que este encerramento
crie a predisposição para o povo retornar
à Festa Eucarística.
Fonte: http://www.cantemos.com.br/ |
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